quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Comunicação

Nas postagens anteriores abordamos a comunicação dentro das empresas e organizações. Agora, vamos falar um pouco sobre a Comunicação, em geral, segundo a Revista Literária. 
          Comunicação é um processo de troca de informações, usado para influenciar o comportamento dos outros. Trata-se de um processo interativo, que se relaciona com todas as áreas do desenvolvimento humano. A comunicação ocorre quando alguém transmite ideias ou sentimentos para outras pessoas, e sua eficiência pode ser avaliada pela semelhança entre o que foi emitido e o que foi entendido pelo receptor.
           Sendo assim, mais do que uma simples transmissão de mensagem, a comunicação provoca uma reação ou entendimento na outra parte, os quais, devem merecer a atenção do emissor.
Não podemos, portanto, fornecer nenhuma receita, porque emissor, receptor e canal são dinâmicos, sujeitos a mudanças constantes. O comunicador deve avaliar o cenário, para aplicar a estratégia mais adequada.
Elementos da comunicação
 Emissor           Aquele que diz algo a alguém, e a qualidade da mensagem que ele envia está ligada a diversos fatores, entre eles a timidez, o grau de empatia com o interlocutor, o momento emocional de ambos, entre outros.
 Receptor         Aquele com quem o emissor se comunica. Sabemos que o receptor nunca recebe mensagens de forma passiva, por esta razão é que os agentes de um processo de comunicação devem interagir. É preciso saber “com quem” estamos falando, para identificar seus filtros de percepção, suas carências, temperamento.
 Mensagem    A informação que o emissor transmite. Os maiores comunicadores que o mundo conheceu, não se prenderam a interpretação literal de uma mensagem, mas sim a todo o contexto em que ela se encontra. “Castelos de Areia”, por exemplo, pode estar em sentido figurado ou real, pode ainda representar uma observação carregada de cinismo. Na verdade, a mensagem sozinha representa muito pouco do que se pretende informar, pode até te conduzir para interpretações enganosas e a criação de falácias.
 Canal              Meio oral, escrito, eletrônico que conduz a mensagem ao receptor. Cabe lembrar que, com tantos canais disponíveis, como internet, celular, passamos por uma crise de conteúdo. O excesso de informações também compromete a credibilidade das mesmas.
A linguagem serve para representar o pensamento (idéias e sentimentos), por meio de um sistema organizado de códigos que permitem a interação entre as pessoas. A linguagem pode ser verbal (escrita ou falada) ou não verbal (Gestos, expressões, fisionomias).
Os sinais não verbais são tão importantes, que há um estudo d Albert Mehrabian, doutor pela Universidade da Califórnia, que afirma o seguinte sobre o aproveitamento da comunicação:
 
  Comunicação Face A Face        55% linguagem corporal
38% tom de voz
7% palavras usadas
 
  Comunicação Telefônica              82% tom de voz
18% palavras usadas
Filtros
São mecanismos sensoriais que nos permitem ter diferentes sensações e percepções do mundo que nos cerca. Diariamente somos bombardeados com uma quantidade de informações que não conseguimos assimilar em sua totalidade, então, “captamos” somente aquilo que nos interessa. Quando a esposa fica grávida, o marido começa a ver um número exorbitante de grávidas em todo lugar. Não é que aumentou o número delas no planeta, simplesmente o marido fica “ligado” a esse tipo de ocorrência. O mesmo acontece com o carro que você acabou de comprar. Mesmo sem se dar conta, você abre as portas da sua percepção de acordo com seus interesses.
A percepção que temos do mundo exterior, não o retrata com precisão, porque o indivíduo não é um receptor passivo. Diante dos múltiplos estímulos, o ser humano seleciona e discrimina de acordo com seus valores biológicos e sociais, de forma que cada um os interpreta de diferentes modos, à sua maneira.
Ruídos
São obstáculos que ocorrem no canal de comunicação e dificultam a interpretação da mensagem. O ruído pode ser um barulho no ambiente, uma mancha sobre textos escritos, e pode ter origem em qualquer um dos elementos da comunicação (Emissor, receptor ou canal).
É na mente do receptor que a mensagem adquire sentido. Todos nós temos a tendência para acreditar que as palavras vão transportar o sentido que desejamos para o receptor, o que nem sempre acontece. O entendimento da mensagem será influenciado pelo temperamento, pelo grau de envolvimento entre os interlocutores, etc. Quando está tudo bem entre um casal e a esposa avisa que vai tomar umas cervejas com as amigas, é exatamente isso que o marido entende, e não vê problema nenhum. No entanto, se o casal passa por uma crise, e a esposa informa que vai sair, o marido “entende” intenções diferentes, que ela está tendo um caso extraconjugal, e até piora a crise.
 
Fatores que podem distorcer o entendimento de uma mensagem
 O conteúdo emotivo em um dos agentes.
A linguagem com possibilidade de dupla interpretação
Presunção de entendimento (Pensar que o outro raciocina igualzinho a você)
Diferentes níveis intelectuais entre o emissor e o receptor
Mensagens muito longas, ou com trechos desnecessários.
Distração (Fatores externos que influenciam)


Comunicação : reflexões sobre a mídia e a linguagem



          Este artigo, escrito por André Pugliese, aborda  a  evolução  das  mídias  e  a  sua  relação  com  os  processos comunicativos,  a  partir  da  análise  da evolução  das  linguagens desde  a oralidade,  até a linguagem digital, cada qual com suas idiossincrasias. No  ciberespaço, a  comunicação é  potencializada e  nunca  termina.  Os  textos  sofrem mutações,  as  fontes mudam  e  as  necessidades  e  expectativas  dos  leitores,  bem  como  o seu  número  aumentam.  Reiterando  os  esforços  de  compreensão  acerca  do  tema,  os leitores  são  posicionados  como  artificies  de  uma  atividade  intelectual  amplamente estruturada.
          Os  indivíduos interagem com as mais diversas formas de conhecimento durante todos os momentos de sua vida, e a linguagem é o meio pelo qual eles transmitem, recebem e reconfiguram os conhecimentos e a sabedoria que são necessários ao desenvolvimento de suas atividades pessoais e profissionais. Para Peter Burke (2003, p. 20).
          A  oralidade  é  a  forma  de  linguagem  básica  do  homem  sendo  caracterizada  em duas  tipologias  distintas:  oralidade  primária  e  secundária.  As  sociedades  da  oralidade primária  são  também  chamadas  de  culturas  orais,  ágrafas,  cultura  sem  escrita,  culturas não-letradas, culturas oralistas, culturas verbo-motoras ou acústica e são, por excelência o  lugar dos  narradores,  dos  mitos  e  das  lendas  (RAMAL,  2002).  Por  meio  de  signos comuns  de  voz,  que  eram  compreendidos  pelos  membros  de  um  mesmo  grupo,  as pessoas  se  comunicavam  e  aprendiam  (KENSKI,  2007).  Para  que  tais  conhecimentos não  fossem  perdidos,  eram  periodicamente  retomados  e  repetidos  em  voz  alta.
          A  tecnologia  da  escrita,  na  busca  por  essa  universalização,  organiza-se  em códigos, produzindo assim representações alfabéticas. Segundo Kenski (2007, p. 31), “a complexidade  dos códigos  da  escrita  e  o  domínio  das  representações  alfabéticas  criam uma hierarquia social, da qual são excluídos todos os iletrados, os analfabetos”. Assim, a escrita desempenha papel de reorientação das estruturas sociais, à medida que legitima e  valoriza-o  conhecimento  como  mecanismo  de  poder  e  ascensão  social.
A linguagem digital é, em essência, bastante simples, configurando se como uma linguagem  articulada  com  as  tecnologias  de  informação  e  comunicação, as  TIC.  Por meio dela, é possível obter e fornecer informações, comunicar, interagir e em particular aprender. A   linguagem   digital   impõe   mudanças   radicais   nas   formas   de   acesso   à informação,  criando  consequentemente  novos  e  dinâmicos  processos  de  produção  e difusão de conhecimentos. Cria dessa forma, uma nova cultura, a partir de sua estrutura de  codificação  distinta  e  particular.
          A evolução das linguagens trouxe em seu rastro modificações em seus suportes. Desde  a  oralidade,  até  chegarmos  ao  tempo  das  linguagens  digitais,  muitas  alterações foram  observadas  nas  relações  que  o  sujeito estabelece com  os  textos.  A  leitura,  que encontrou  nas  palavras a  sua  mais  fiel  referência,  volta  hoje  à  época  dos primeiros registros feitos pelos homens, na medida em que se realiza por meio de diversos outros dispositivos, tendo as imagens como o seu melhor exemplo. O mundo é essencialmente imagético,   e   saber   compreender   os   meandros   de   sua   linguagem   pode   significar interpretá-lo melhor, mais eficazmente.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Comunicação empresarial versus comunicação organizacional: novos desafios teóricos

O artigo abaixo foi escrito por Onésimo de Oliveira Cardoso. Este artigo tem como objetivo refletir sobre os limites da abordagem da comunicação empresarial e analisá-los, tendo como pano de fundo as ideias de Genelot (2001)1 sobre estratégia da comunicação num ambiente de incerteza e complexidade. A perspectiva é desenvolver alguns fundamentos de uma nova dimensão da comunicação organizacional e enriquecer os seus aportes teóricos. A informação e a comunicação têm, cada vez mais, assumido um papel importante na prática de gestão empresarial no mundo globalizado. O chamado campo de estudo da comunicação empresarial tem sido, nas últimas décadas, a área de fundamentação teórico-conceitual e de desenvolvimento de práticas comunicacionais que permite às empresas desenvolverem suas estratégias de negócios. No entanto, as transformações constantes ocorridas no campo sociopolítico e no econômico e o avanço significativo de tecnologias de informação têm colocado em xeque os fundamentos da disciplina comunicação empresarial e permitido a elaboração de novos enfoques teóricos, epistemológicos e técnicos que mudam significativamente a maneira de entendermos a informação e a comunicação na gestão dos negócios. Tais enfoques configuram a nova dimensão da comunicação organizacional de que estamos tratando, uma dimensão que deixa claro que não se pode mais aceitar que o processo de comunicação, mantendo-se com seus modelos homogeneizados, verticalizados e com ênfase na instrumentalidade da comunicação.

No âmbito interno das organizações empresariais, as relações com os empregados, os diferentes estilos administrativos, assim como as ações humanas, demandam novos rumos de gestão que superem os modelos lineares, verticais e impositivos e alcancem novas formas de ação administrativa que envolvam e valorizem o trabalho em equipe baseado na maior participação e autonomia dos envolvidos. Na esfera externa, as relações empresariais demandam propostas inovadoras para as atividades de serviço, de mercado e de marketing e especial atenção para as questões culturais, éticas e sociais que envolvem as ações organizacionais. Em qualquer desses âmbitos, faz-se evidente a presença de processos e ações de comunicação que não devem ser entendidos como complementos da estratégia organizacional, mas como componentes essenciais na construção de uma estratégia comum.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A importância da comunicação nas organizações



          O artigo abaixo foi escrito por Bruno Rodrigo de Souza, Laisa Juliana Zucco Fantini, Simone Dallagnoli, Sonia Moresco.  O artigo aborda o tema através de pesquisas bibliográficas onde  será  analisada  a  importância  da  comunicação  nos  relacionamentos, objetivos  e  desenvolvimento  da  organização. O artigo  está baseado  numa  abordagem  qualitativa,  apresentando  a importância  e  a prevenção da comunicação dentro das organizações, pois vem a interagir para uma  melhor  imagem  da  empresa,  o  melhor  relacionamento  organizacional buscando atingir seus objetivos.
          De acordo com Chiavenato, a Comunicação  é  a  troca  de  informações  entre  indivíduos.  Significa tornar  comum  uma  mensagem  ou  informação. Constitui  um  dos processos  fundamentais  da  experiência  humana  e  da  organização social. E, em  todas  as  esferas  da  atividade  humana,  as  mais  variadas  sempre estão  relacionadas  com  a  utilização  da  comunicação. Desta  forma  podemos perceber que a comunicação como um todo, serve para  organizar e controlar.  A  comunicação  se  bem  administrada  oferece  a  qualquer  empresa  agilidade e clareza, sendo ela a responsável pelo desenvolvimento humano e de sua organização. Tudo que é construído, ou destruído, é pela comunicação ou falta dela.
          Segundo Nassar (2004), afirma que Aos  gestores  cabe  prestar  atenção  as  mudanças  na  sociedade  e antecipar-se a um modelo diferente de relacionamento. A auto-estima dos trabalhadores, o sentimento de identidade com a organização, a responsabilidade com o trabalho, a produtividade e a competitividade, entre outros indicadores, com certeza, não são estimuladas por uma comunicação  interna  que  os  despreza  ou  subestima. Ou seja, a comunicação  pode  e  deve  ser  utilizada  para  estimular,  motivar  e melhorar  a  imagem  da  empresa,  mas  sua  prioridade  nas  organizações  é solucionar  problemas,  gerar  e  facilitar  a  compreensão  entre  pessoas  com diferentes pontos de vista.
          A comunicação  é  o  caminho  certo  para  a  compreensão  da empresa  no  seu contexto  interno  e  externo,  provocando  uma  harmonia no  conjunto,  gerando uma  sinergia  positiva  em  todos  os  setores,  provocando  uma  satisfação  no contexto.